Quase um mês após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decretar a intervenção em oito distribuidoras de energia elétrica do Grupo Rede Energia, as mudanças internas já começaram a ocorrer. O diretor da autarquia, Nelson Hubner, aprovou o pedido de contratação de dois funcionários feitos pelo interventor Isaac Averbuch, responsável pela Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins (Celtins).
Os engenheiros elétricos, Ary Pinto Ribeiro Filho e Simonne Rose de Souza Neiva Coêlho, passam a integrar o quadro da concessionária, que pagará a cada profissional um salário mensal de R$ 35 mil, de acordo com as informações publicadas no Diário Oficial da União da última sexta-feira. A intervenção tem prazo de um ano e dá aos interventores plenos poderes de gestão e administração sobre as operações e os ativos da empresa. Com o mesmo salário, o interventor Sinval Zaidan pediu a contratação de outros dois engenheiros — Roberto Rocha e Cleber José de Souza Villa Verde — para exercerem cargos de direção nas distribuidoras CFLO, Caiuá, Bragantina, Vale do Paranapanema e Nacional, que atendem regiões de São Paulo.
No vermelho - De acordo com a Aneel, a decisão pela intervenção das oito empresas considerou que o endividamento das concessionárias coloca em risco a prestação adequada dos serviços de distribuição de eletricidade o que poderia afetar o fornecimento de energia a uma área com 17 milhões de habitantes. O Grupo Rede tem uma dívida total de cerca de R$ 5,7 bilhões, segundo informou a Aneel.
No segundo trimestre, a empresa registrou um prejuízo de R$ 125 milhões. Fazem parte também da intervenção as empresas Enersul (MS) e Cemat (MT). A Celpa foi a única distribuidora do Grupo Rede Energia na qual a Aneel não decretou a intervenção. (Brasil Econômico)
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