quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Pinga-Fogo Setor Elétrico: BNDES, Celpa e Neoenergia

BNDES vai examinar financiamentos a projetos de geração no mercado livre
Os comercializadores de energia elétrica poderão oferecer garantias para que projetos de energia renovável tenham financiamentos do BNDES. Segundo informações Abraeel, que participou de encontro com dirigentes da instituição de fomento, a proposta ainda está sendo finalizada no âmbito do banco e estabelece que as comercializadoras atuariam como uma espécie de catalisadores dos PPA´s (contratos de venda de energia) derivados de projetos de geração renovável, considerando os clientes especiais que essas empresas detêm em suas respectivas carteiras. Ao BNDES caberia avaliar o risco da comercializadora, a garantia que ela daria ao projeto, o porte do agente, a efetiva garantia em honrar seus compromissos e os tipos de contratos que elas mantém com os consumidores. Entretanto, o banco se reservaria ao direito de examinar cada caso isoladamente. O tema foi discutido em reunião realizada no dia 26 de julho, no Rio de Janeiro. A Abraceel foi representada pelo conselheiro José Amorim e por seu presidente, Reginaldo Medeiros. Também participaram dirigentes da Abeeólica, Abragel e da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única) - que representam o setor eólico, de PCHs e de biomassa, respectivamente. "Isso é um avanço porque, até então, o banco não aceitava financiar projetos para o mercado livre. Não é que ele esteja aceitando agora, mas vai analisar as operações", avalia Medeiros.(Jornal da Energia)

Celpa poderá reajustar tarifa em 12,73%

As tarifas da Celpa, que pertence ao grupo Rede e está sendo negociada com a Equatorial, poderão subir 12,73% a partir do dia 7 de agosto. O índice agradou à empresa e retira um empecilho para a concretização de sua venda. Para aplicar os novos valores, no entanto, a empresa terá de sair da situação de inadimplência no setor elétrico em menos de uma semana. Em plena recuperação judicial, a Celpa entrou no cadastro de inadimplentes do governo federal e teve dívida de R$ 122,8 milhões inscrita na Dívida Ativa da União pela Aneel. Com isso, a dívida pode ser parcelada em até 60 meses, mas o início dos pagamentos precisa ocorrer nos próximos dias para permitir a aplicação do aumento de tarifas a partir do dia 7. O controlador da Rede Energia, Jorge Queiroz, havia manifestado publicamente sua expectativa de obter um aumento em torno de 11% para as tarifas da Celpa. Essa era uma condição da Equatorial para levar adiante as negociações e assumir a distribuidora paraense. (Valor)

Inadimplência derruba resultado da Neoenergia

A alta das tarifas de energia e as restrições impostas pela Aneel as ações de cobrança das empresas do setor aumentaram a inadimplência dos consumidores residenciais de baixa renda no Nordeste, encolhendo o lucro da Neoenergia no segundo trimestre e consequentemente, no primeiro semestre de 2012. Dados divulgados pela companhia, informam um lucro líquido de R$ 278,8 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 35,9% ante o mesmo período de 2011. O ganho da companhia no primeiro semestre foi de R$ 668,5 milhões, caindo 15,9% na comparação com janeiro/junho do ano passado. O resultado do lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) também encolheu em 5,5% no acumulado do semestre, fechando em R$ 1,3 bilhão ante R$ 1,4 bilhão no mesmo período de 2011. A receita líquida, porém, subiu 20,2%, somando R$ 5,4 bilhões até junho de 2012.
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