terça-feira, 5 de junho de 2012

Cemig decide que não vai vender participação na UHE Santo Antônio

O Conselho de Administração da Cemig decidiu, em reunião realizada em 24 de maio, que não vai exercer sua opção de venda sobre a participação na hidrelétrica de Santo Antônio, que está sendo construída no rio Madeira, em Rondônia. A companhia mineira tinha a possibilidade de se desfazer de seus 10% na usina em favor das construtoras Andrade Gutierrez e Odebrecht no prazo máximo de 60 dias após a entrada em operação comercial da primeira turbina, o que aconteceu em 30 de março. A ata do encontro foi divulgada ao mercado somente de segunda-feira (4/6) à noite.

Outro tema aprovado na reunião foi a celebração de aditivo ao acordo de cooperação técnica fechado entre Eletrobras, Eletronorte, Camargo Corrêa e a francesa EDF para os estudos de viabilidade técnica e econômica do Complexo Hidrelétrico de Tapajós. Segundo a ata divulgada, além de Cemig, o consórcio responsável pelos levantamentos poderá também incluir Neoenergia, Endesa, GDF Suez e Copel, "ou empresas por elas controladas".

A grande parceria visa concluir, até 16 de julho de 2014, os estudos referentes às hidrelétricas de São Luiz do Tapajós (6.133MW), Jatobá (2.336MW), Cachoeria do Caí (802MW), Jamanxim (881MW) e Cachoeira dos Patos (528MW), nos rios Tapajós e Jamanxim.

No final de março, a Eletrobras abriu chamada pública para encontrar mais parceiros interessados em participar do desenvolvimento dos projetos. Os empreendimentos devem somar cerca de 10,6GW em potência instalada e inaugurar o conceito de "usina plataforma", para a redução dos impactos ambientais, uma vez que os potenciais a serem explorados estão em áreas de floresta amazônica.

O Conselho da Cemig também aprovou celebração de acordo com a EDF e a Light "visando a troca de informações para avaliação de possível exploração conjunta" da termelétrica de Paracambi, no Rio de Janeiro, e da UHE Água Limpa, no Mato Grosso, "além de outros empreendimentos termelétricos, hidrelétricos e de energia renovável que as partes tiverem interesse em avaliar conjuntamente". O contrato tem vigência de cinco anos e cláusula de confidencialidade por mais cinco anos após o seu término.

Por fim, a reunião da Cemig também levou à confirmação de um acordo de consorciados entre a empresa e a CPFL para participar do leilão da hidrelétrica de São Manoel, prevista para ser construída no rio Teles Pires. A Cemig seria majoritária, com 51%, na aliança. A usina é uma das que o governo pretende licitar no certame A-5 deste ano. (Jornal da Energia)

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