O consumo de energia elétrica no país em agosto de 2010 somou 35.006 gigawatts-hora (GWh), situando-se 7,1% acima do verificado no mesmo mês de 2009. Decorridos oito meses do ano, o consumo nacional consolida expansão de 9,2% ante igual período o ano passado. O resultado continua sendo puxado pelo consumo industrial, cujo desempenho (9,5%) explicou 4,2 pontos percentuais da taxa global.
Segundo as informações da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica relativa ao mês de agosto de 2010, divulgada nesta segunda-feira (27) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a demanda das indústrias por eletricidade totalizou 15.852 GWh no mês passado. O Rio de Janeiro foi o estado onde o setor industrial mais cresceu (23,8%).
Consumo industrial
Em agosto, ao totalizar 15.852 GWh, o consumo industrial apresentou crescimento de 9,5% frente a igual mês de 2009. É a primeira vez no ano que se verifica taxa inferior a 10% na base de comparação mensal, o que pode ser explicado pelo fato de que em agosto de 2009 já se verificavam sinais de retomada do consumo industrial. No acumulado no ano e nos 12 meses findos em agosto o crescimento se manteve em patamar elevado: 12,9% e 7,5% respectivamente.
A região Sudeste segue em posição de destaque, expandindo 12% e com crescimento generalizado entre os estados. O Rio de Janeiro apresentou o maior crescimento percentual do país (23,8%), para o que contribuiu o fato de um grande consumidor, que habitualmente utiliza geração própria, estar utilizando energia da rede.
A região Norte foi a que apresentou desempenho mais modesto, crescendo 3,7% na base de comparação mensal. É que o Pará, que responde por aproximadamente 80% do mercado da região e tem seu consumo composto por empresas extrativas energointensivas, teve crescimento de apenas 2,4%. Vale lembrar que nesta região essas indústrias não sofreram de forma intensa impacto negativo da crise financeira de 2008/2009.
Consumo residencial
Em agosto de 2010, o consumo de energia elétrica das famílias brasileiras totalizou 8.781 GWh, representando 25% do total e indicando, ante o mesmo mês de 2009, acréscimo de 4,5%. No ano, a classe residencial acumula expansão de 7,1%.O crescimento teria sido maior não fosse a baixa taxa de 3,5% verificada no Sudeste, reflexo do tímido incremento no Rio de Janeiro (1,1%) e do desempenho negativo no Espírito Santo (-8,9%). No primeiro caso, houve influência de temperatura mais baixa e quase um dia a menos no faturamento da baixa tensão, ambos os dados em relação a agosto de 2009. Já no segundo caso, verificou-se deslocamento de faturamento para adequação de rotas de leitura.
A região Nordeste, que vem se destacando com crescimentos bastante altos, mostrou uma acomodação na taxa mensal, registrando em agosto 6,1%. Diferentemente dos meses precedentes, o consumo residencial
em Pernambuco mostrou desempenho negativo (-0,7%), devido em grande parte ao menor número de dias faturados, puxando para baixo o resultado regional. No período janeiro-agosto, a expansão do consumo residencial nordestino mantém-se em patamar elevado: 13,5%.
Em agosto deste ano, os consumidores residenciais alcançaram a marca de 57,3 milhões, número 3,8% superior ao de um ano antes (acréscimo de 2,1 milhões de contas). O consumo médio mensal nacional do período janeiro-agosto foi de 157 kWh, 3,5% acima de 2009.
Consumo comercial
A maior influência sobre o resultado nacional veio do Sudeste que, com crescimento de 6,4% no mês, explicou 3,5 pontos percentuais (pp) da taxa global da classe. Em seguida veio o Sul, cuja contribuição foi de 1,3 pp. Esses resultados remontam a uma base de comparação deprimida pois, em agosto de 2009, o consumo comercial nessas duas regiões foi atipicamente baixo (indicou taxas respectivas de 1,6% e 0,8% sobre 2008). Estes números refletiam a incidência da Nova Gripe, que provocava o adiamento no retorno às aulas e impactava os estabelecimentos de ensino, restringindo a frequência a estabelecimentos comerciais de maior aglomeração (como shopping centers).
A contínua expansão do consumo comercial no país pode ser entendida, entre outros fatores, como uma consequência natural das condições favoráveis de crédito e massa salarial, que alavancam as atividades de comércio e de serviços. Assim, em alguns estados, especialmente no Norte e no Nordeste, se observa um grande número de novos estabelecimentos, muitos de elevado padrão de consumo como redes atacadistas e hipermercados. Também chama atenção a expansão de determinados segmentos de prestação de serviços, como o de educação e o ramo ligado às atividades da medicina, do que é exemplo o polo médico de Pernambuco, já considerado um dos maiores do país. (TN petróleo)
A região Nordeste, que vem se destacando com crescimentos bastante altos, mostrou uma acomodação na taxa mensal, registrando em agosto 6,1%. Diferentemente dos meses precedentes, o consumo residencial
em Pernambuco mostrou desempenho negativo (-0,7%), devido em grande parte ao menor número de dias faturados, puxando para baixo o resultado regional. No período janeiro-agosto, a expansão do consumo residencial nordestino mantém-se em patamar elevado: 13,5%.
Em agosto deste ano, os consumidores residenciais alcançaram a marca de 57,3 milhões, número 3,8% superior ao de um ano antes (acréscimo de 2,1 milhões de contas). O consumo médio mensal nacional do período janeiro-agosto foi de 157 kWh, 3,5% acima de 2009.
Consumo comercial
O consumo comercial vem revelando desempenho intenso no país. Em agosto, somou 5.444 GWh, apontando aumento de 6,1% em relação ao mesmo mês de 2009. No acumulado do ano, a expansão é de 7,1%.
Nessa última base de comparação, o Norte e o Nordeste se destacam, com taxas respectivas da ordem de 12% e 10%. O crescimento é disseminado pelos estados das duas regiões, com taxas variando entre 9,0% (RR) e 18,0% (TO), no Norte; e entre 7,2% (BA) e 18,1% (MA), no Nordeste.
Nessa última base de comparação, o Norte e o Nordeste se destacam, com taxas respectivas da ordem de 12% e 10%. O crescimento é disseminado pelos estados das duas regiões, com taxas variando entre 9,0% (RR) e 18,0% (TO), no Norte; e entre 7,2% (BA) e 18,1% (MA), no Nordeste.
A maior influência sobre o resultado nacional veio do Sudeste que, com crescimento de 6,4% no mês, explicou 3,5 pontos percentuais (pp) da taxa global da classe. Em seguida veio o Sul, cuja contribuição foi de 1,3 pp. Esses resultados remontam a uma base de comparação deprimida pois, em agosto de 2009, o consumo comercial nessas duas regiões foi atipicamente baixo (indicou taxas respectivas de 1,6% e 0,8% sobre 2008). Estes números refletiam a incidência da Nova Gripe, que provocava o adiamento no retorno às aulas e impactava os estabelecimentos de ensino, restringindo a frequência a estabelecimentos comerciais de maior aglomeração (como shopping centers).
A contínua expansão do consumo comercial no país pode ser entendida, entre outros fatores, como uma consequência natural das condições favoráveis de crédito e massa salarial, que alavancam as atividades de comércio e de serviços. Assim, em alguns estados, especialmente no Norte e no Nordeste, se observa um grande número de novos estabelecimentos, muitos de elevado padrão de consumo como redes atacadistas e hipermercados. Também chama atenção a expansão de determinados segmentos de prestação de serviços, como o de educação e o ramo ligado às atividades da medicina, do que é exemplo o polo médico de Pernambuco, já considerado um dos maiores do país. (TN petróleo)
.
Leia também:
O consumidor pode acabar pagando pela disputa entre Correios e distribuidoras de energia em relação ao serviço de entrega das contas de luz. O presidente do ...
* A nova fronteira da energia elétrica
Num futuro não muito distante, as pessoas poderão receber em casa, em vez da conta de luz, um cheque da distribuidora de energia como pagamento pela eletricidade gerada na própria residência e vendida ao ...
Num futuro não muito distante, as pessoas poderão receber em casa, em vez da conta de luz, um cheque da distribuidora de energia como pagamento pela eletricidade gerada na própria residência e vendida ao ...
* Eletrobras tem R$ 8,5 bi parados do RGR no BB
Nos últimos cinco anos, os brasileiros pagaram R$ 9,4 bilhões referente a um único encargo setorial na conta de luz. Boa parte desse dinheiro, no entanto, saiu do bolso do consumidor para ficar parado num fundo do ...
Nos últimos cinco anos, os brasileiros pagaram R$ 9,4 bilhões referente a um único encargo setorial na conta de luz. Boa parte desse dinheiro, no entanto, saiu do bolso do consumidor para ficar parado num fundo do ...