sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Leilão de energia de fontes alternativas movimenta R$ 17,5 bilhões

SÃO PAULO - Após cinco horas e meia de licitação, o disputado leilão para contratação de energia de fontes alternativas terminou na tarde desta quinta-feira com a venda de 714,3 megawatts (MW) médios, o equivalente a um volume financeiro de R$ 17,537 bilhões.

O preço médio dos contratos fechados por 50 usinas eólicas e uma térmica movida a bagaço de cana-de-açúcar foi de R$ 134,23 por MWh (megawatts hora), o que corresponde a um deságio de 19,62% em relação ao preço inicial (R$ 167). No total, a comercialização de 666,2 MW médios desses empreendimentos somou uma receita de R$ 15,677 bilhões aos empreendedores. As contratações têm o início do suprimento em 2013, com prazo de duração de 20 anos.

Entre os destaques do certame, o empreendimento Casa Nova, da Chesf, garantiu uma receita anual fixa de R$ 70,729 milhões, com o preço vencedor de R$ 131,50 por MWh (deságio de 21,26%). Isoladamente, essa receita foi a maior para apenas um parque.

Outro destaque, a Iberdrola venceu com nove empreendimentos, que somaram R$ 128,58 milhões por ano em receita. A usina Mandu foi a única térmica a biomassa que conseguiu fechar uma venda no leilão, com uma contratação de R$ 26,942 milhões por ano.

A licitação - promovida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) - teve a finalidade de atender à demanda de energia das distribuidoras.

As pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) negociaram 48,1 MW médios a um preço médio de R$ 146,99, o que corresponde a um deságio de 5,17%. O volume financeiro das contratações - fechadas por cinco empreendimentos - foi de R$ 1,859 bilhão para um período de 30 anos de suprimento, com início em 2013. Entre os vendedores, o empreendimento Cavernoso II, da paranaense Copel, levou uma contratação com o preço de R$ 146,99 por MWh, 5,17% abaixo do preço inicial. (Valor Econômico)