Os meses sem chuva não forçarão o governo a ligar as turbinas das usinas térmicas para o fornecimento de energia.
Segundo o ministro de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, que participou ontem da reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o cenário atual é "bastante tranquilo". O governo irá reduzir a quantidade de uso das térmicas a gás e carvão na primeira semana de setembro.
"Em agosto, nós geramos 4 mil megawatts (MW) médios. Agora, há uma previsão de que esse nível será de 2,5 mil MW", disse o ministro. Os reservatórios de água, comentou, estão com volume superior a 90% na região Sudeste. "No Nordeste, o nível está mais baixo, mas não haverá problema."
A expectativa do MME é que o preço da energia caia, já que o custo de geração das hidrelétricas é bem menor. A queda de preço também foi lembrada pelo ministro para falar sobre o leilão de fontes alternativas, que aconteceu na semana passada. "O preço médio do leilão foi R$ 133,96. Houve diminuição muito forte dos preços", disse. "A contratação de eólica teve custo de R$ 130,61. No último leilão foi R$ 148. É um resultado bastante interessante." Os leilões de fontes alternativas devem ganhar regularidade. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, um novo leilão ocorrerá em 2011.
Questionado sobre a definição do preço do barril de petróleo que será usado como referência na capitalização da Petrobras, Zimmermann disse apenas que, se os estudos sobre o contrato forem concluídos, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve divulgar a decisão amanhã. (Valor Econômico)