O governo Lula decidiu priorizar fornecedores com unidades no país e escolheu um consórcio de três empresas europeias e uma indústria da Argentina para encomendar os equipamentos da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
Elas ganharam a disputa pelo contrato de R$ 5,3 bilhões após competirem com chineses, japoneses e russos (para quem pesou contra a falta de fábricas no país). Segundo a Folha apurou, a decisão foi tomada ontem pela Eletrobras e deve ser formalizada na próxima semana.
Das 18 turbinas de grande porte, 14 serão fornecidas pelo consórcio formado pela francesa Alstom, a austríaca Vatech Andritz e a alemã Voith Siemens.
Elas serão responsáveis também pelas seis turbinas de menor porte. A argentina Impsa foi escolhida para fornecer as outras quatro turbinas de grande porte. Ela está montando uma fábrica em Recife (PE), unidade que ficará responsável pela fabricação dos equipamentos para Belo Monte.
No caso das europeias, elas empregam, atualmente, cerca de 11 mil trabalhadores no país. A Alstom possui fábricas em São Paulo e Rondônia. A Andritz e a Siemens, apenas em São Paulo.
As três se uniram em um consórcio para fazer uma contraproposta ao grupo Norte Energia, liderado por Chesf e Bertin, que arrematou em leilão o direito de construir a usina e analisava outras ofertas de fábricas estrangeiras, mas que não possuem unidades no Brasil.
O consórcio foi viabilizado depois que o BNDES criou uma linha especial, a pedido de Lula, para financiar o fornecimento de equipamentos de Belo Monte, com prazo de pagamento de até 30 anos. Com isso, garantiu às três empresas condições de financiamento semelhantes às de seus concorrentes chineses, russos e japoneses.
PESO ESTATAL
O próximo passo será a assinatura do contrato de concessão entre a União e o consórcio Norte Energia, que, após reestruturação, passou a ter peso estatal de 77,5% do investimento total -de R$ 19 bilhões a R$ 25 bilhões.
A participação direta e indireta do governo cresceu com a entrada de fundos de pensão ligados a estatais, como Petros (Petrobras), Previ (BB) e Funcef (Caixa), além do Fundo de Investimento FGTS, administrado pela Caixa. Antes, a fatia estatal era minoritária (49,98%), concentrada pela Eletrobras.
O consórcio deve entregar hoje à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a documentação que formaliza a sociedade. Em 16 de agosto, o grupo terá de depositar garantias financeiras de cumprimento do contrato (5,5% da obra, R$ 1,045 bilhão). Em agosto deverá ser assinado o contrato de concessão, antecipando em mais de um mês o cronograma original, que previa a assinatura em 30 de setembro. (Folha de S. Paulo)
Elas ganharam a disputa pelo contrato de R$ 5,3 bilhões após competirem com chineses, japoneses e russos (para quem pesou contra a falta de fábricas no país). Segundo a Folha apurou, a decisão foi tomada ontem pela Eletrobras e deve ser formalizada na próxima semana.
Das 18 turbinas de grande porte, 14 serão fornecidas pelo consórcio formado pela francesa Alstom, a austríaca Vatech Andritz e a alemã Voith Siemens.
Elas serão responsáveis também pelas seis turbinas de menor porte. A argentina Impsa foi escolhida para fornecer as outras quatro turbinas de grande porte. Ela está montando uma fábrica em Recife (PE), unidade que ficará responsável pela fabricação dos equipamentos para Belo Monte.
No caso das europeias, elas empregam, atualmente, cerca de 11 mil trabalhadores no país. A Alstom possui fábricas em São Paulo e Rondônia. A Andritz e a Siemens, apenas em São Paulo.
As três se uniram em um consórcio para fazer uma contraproposta ao grupo Norte Energia, liderado por Chesf e Bertin, que arrematou em leilão o direito de construir a usina e analisava outras ofertas de fábricas estrangeiras, mas que não possuem unidades no Brasil.
O consórcio foi viabilizado depois que o BNDES criou uma linha especial, a pedido de Lula, para financiar o fornecimento de equipamentos de Belo Monte, com prazo de pagamento de até 30 anos. Com isso, garantiu às três empresas condições de financiamento semelhantes às de seus concorrentes chineses, russos e japoneses.
PESO ESTATAL
O próximo passo será a assinatura do contrato de concessão entre a União e o consórcio Norte Energia, que, após reestruturação, passou a ter peso estatal de 77,5% do investimento total -de R$ 19 bilhões a R$ 25 bilhões.
A participação direta e indireta do governo cresceu com a entrada de fundos de pensão ligados a estatais, como Petros (Petrobras), Previ (BB) e Funcef (Caixa), além do Fundo de Investimento FGTS, administrado pela Caixa. Antes, a fatia estatal era minoritária (49,98%), concentrada pela Eletrobras.
O consórcio deve entregar hoje à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a documentação que formaliza a sociedade. Em 16 de agosto, o grupo terá de depositar garantias financeiras de cumprimento do contrato (5,5% da obra, R$ 1,045 bilhão). Em agosto deverá ser assinado o contrato de concessão, antecipando em mais de um mês o cronograma original, que previa a assinatura em 30 de setembro. (Folha de S. Paulo)