O leilão de energia nova A-5, marcado para 30 de julho, vai contar com somente três novas hidrelétricas, contra cinco que o governo esperava licitar. O pouco número de empreendimentos no certame é justamente a principal razão para que especialistas e consultores de mercado acreditem que a concorrência será acirrada.
O evento vai envolver a disputa pelas concessõs das usinas de Garibaldi (177,9MW, em SC), Colíder (300MW, MT) e Ferreira Gomes (252MW, AP). A UHE Santo Antônio do Jari (300MW, AP) também estará no leilão, mas apenas para vender energia, pois já tem contrato de concessão assinado.
"Essa é a oportunidade para os investidores de conseguir um projeto de tamanho razoável para construir - porque erguer Belo Monte e usinas como as do Madeira é para poucos", explica Erick Rego, diretor-executivo da consultoria Excelência Energética. Para ele, empreendimentos como os que serão licitados, na casa dos três dígitos de potência, "têm um tamanho muito bom, um perfil que a maioria dos construtores consegue realizar". Ele também lembra a escassez de projetos hidrelétricos nos últimos anos. "Ano passado, por exemplo, nem tivemos A-5, porque os projetos não tiveram licença ambiental. Agora, quando aparecem esses projetos, todo mundo quer disputar".
Para Sílvio Areco, diretor-executivo da consultoria Andrade & Canellas, todas hidrelétricas devem atrair investidores, mas a de Garibaldi deve terminar como a mais disputada. "Você tem uma complexidade maior, mas, pela localização, creio que deva chamar mais a atenção". Ele ainda acredita que a UHE Colíder fique em segundo lugar no interesse do setor, com a Ferreira Gomes como menos concorrida. "O empreendimento, por ser no Amapá, fica um pouco menos atraente, mais segregado principalmente às estatais federais, que têm uma infraestrutura mais implantada por ali, com uma série de facilidades logísticas que fazem a diferença na hora de competir".
Falando em estatais federais, Areco refere-se à Eletrobras, que já anunciou que estará na disputa de todas as usinas do certame por meio de suas subsidiárias Eletronorte, Furnas e Eletrosul. Mas não é somente na UHE Ferreira Gomes que a companhia aparece entre os favoritos. Erik Rego, da Excelência Energética, também vê a estatal com muitas chances. "A cada leilão que passa a participação estatal é mais forte. E temos uma orientação da Eletrobras de estar cada vez mais forte no setor", analisa.
O professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), afirma que a participação das estatais "é uma característica do modelo brasileiro". Para ele, um consórcio que agregue players privados com empresas como a Eletrobras, com grande experiência em hidrelétricas, traz competitividade nas disputas. "Acho que o leilão deve reforçar essa característica do modelo, que é a participação público-privada, sempre tendo o setor público como minoritário", prevê.
Na disputa
UHE Garibaldi - Até o momento, foi a que despertou o interesse de mais empreendedores. Copel, Celesc, Eletrosul, CPFL e J. Malucelli já anunciaram que pretendem concorrer à concessão da usina.
UHE Colíder - Além da Eletrobras, por meio de Eletronorte e Furnas, a J. Malucelli já afirmou que pretende estar no leilão.
UHE Ferreira Gomes - Até o momento, somente a Eletronorte confirmou que vai disputar o certame.
Outros nomes que já mostraram interesse no leilão de hidrelétricas são Alupar, Tractebel, AES Tietê, Cemig, Neoenergia e Braskem; até mesmo uma comercializadora, a Coomex, e uma produtora de equipamentos, a Impsa, afirmaram a intenção de participar dos empreendimentos como sócias. (Jornal da Energia)
O evento vai envolver a disputa pelas concessõs das usinas de Garibaldi (177,9MW, em SC), Colíder (300MW, MT) e Ferreira Gomes (252MW, AP). A UHE Santo Antônio do Jari (300MW, AP) também estará no leilão, mas apenas para vender energia, pois já tem contrato de concessão assinado.
"Essa é a oportunidade para os investidores de conseguir um projeto de tamanho razoável para construir - porque erguer Belo Monte e usinas como as do Madeira é para poucos", explica Erick Rego, diretor-executivo da consultoria Excelência Energética. Para ele, empreendimentos como os que serão licitados, na casa dos três dígitos de potência, "têm um tamanho muito bom, um perfil que a maioria dos construtores consegue realizar". Ele também lembra a escassez de projetos hidrelétricos nos últimos anos. "Ano passado, por exemplo, nem tivemos A-5, porque os projetos não tiveram licença ambiental. Agora, quando aparecem esses projetos, todo mundo quer disputar".
Para Sílvio Areco, diretor-executivo da consultoria Andrade & Canellas, todas hidrelétricas devem atrair investidores, mas a de Garibaldi deve terminar como a mais disputada. "Você tem uma complexidade maior, mas, pela localização, creio que deva chamar mais a atenção". Ele ainda acredita que a UHE Colíder fique em segundo lugar no interesse do setor, com a Ferreira Gomes como menos concorrida. "O empreendimento, por ser no Amapá, fica um pouco menos atraente, mais segregado principalmente às estatais federais, que têm uma infraestrutura mais implantada por ali, com uma série de facilidades logísticas que fazem a diferença na hora de competir".
Falando em estatais federais, Areco refere-se à Eletrobras, que já anunciou que estará na disputa de todas as usinas do certame por meio de suas subsidiárias Eletronorte, Furnas e Eletrosul. Mas não é somente na UHE Ferreira Gomes que a companhia aparece entre os favoritos. Erik Rego, da Excelência Energética, também vê a estatal com muitas chances. "A cada leilão que passa a participação estatal é mais forte. E temos uma orientação da Eletrobras de estar cada vez mais forte no setor", analisa.
O professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), afirma que a participação das estatais "é uma característica do modelo brasileiro". Para ele, um consórcio que agregue players privados com empresas como a Eletrobras, com grande experiência em hidrelétricas, traz competitividade nas disputas. "Acho que o leilão deve reforçar essa característica do modelo, que é a participação público-privada, sempre tendo o setor público como minoritário", prevê.
Na disputa
UHE Garibaldi - Até o momento, foi a que despertou o interesse de mais empreendedores. Copel, Celesc, Eletrosul, CPFL e J. Malucelli já anunciaram que pretendem concorrer à concessão da usina.
UHE Colíder - Além da Eletrobras, por meio de Eletronorte e Furnas, a J. Malucelli já afirmou que pretende estar no leilão.
UHE Ferreira Gomes - Até o momento, somente a Eletronorte confirmou que vai disputar o certame.
Outros nomes que já mostraram interesse no leilão de hidrelétricas são Alupar, Tractebel, AES Tietê, Cemig, Neoenergia e Braskem; até mesmo uma comercializadora, a Coomex, e uma produtora de equipamentos, a Impsa, afirmaram a intenção de participar dos empreendimentos como sócias. (Jornal da Energia)