O acionamento das usinas termelétricas, para garantir o suprimento de energia, já acumulava uma conta de R$ 600 milhões até o dia 21 junho segundo dados da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia. Em maio, um documento interno da Aneel dava conta de que no ano inteiro os consumidores pagariam R$ 1 bilhão, mas essa conta deve ser revista para cima depois da decisão de se alterar a curva de aversão ao risco, que basicamente fez com que se elevasse o nível-meta dos reservatórios e, por consequência, fará com que mais térmicas sejam mais demandadas.
Nas últimas semanas tem sido comum que até 4.000 MW por dia sejam gerados por usinas termelétricas. Até maio, a necessidade de geração se dava principalmente por razões elétricas, para dar proteção ao sistema, já que as linhas de Itaipu fizeram com que a geração da usina fosse reduzida. Mas desde maio, o Operador Nacional do Sistema (ONS) tem acionado as térmicas também por razões energéticas, isto é, para garantir água nos reservatórios das hidrelétricas.
O que agravou o problema foi o fato de as térmicas vendidas em leilão de 2008, que tinham previsão para entrar em 2011, terem sido tiradas do planejamento. O diretor da Aneel, Edvaldo Santana, explica que quando se toma uma decisão como essa significa que as usinas estão muito atrasadas. Foram ao todo 1.000 MW retirados do plano e por isso a Aneel decidiu recomendar a revisão da curva de aversão ao risco que na prática fez com que se alterasse o nível-meta dos reservatórios do Nordeste.
Esse efeito dos encargos para o mercado cativo só será sentido nas próximas revisões tarifárias, ou seja, muitas delas só no ano que vem. O presidente da Associação dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Paulo Pedrosa, diz que é importante que os preços reflitam a realidade, o que não acontece para os cativos. "Isso prejudica até mesmo a avaliação de consumidores que querem migrar de um mercado para o outro", diz Pedrosa. (Valor Econômico)
Nas últimas semanas tem sido comum que até 4.000 MW por dia sejam gerados por usinas termelétricas. Até maio, a necessidade de geração se dava principalmente por razões elétricas, para dar proteção ao sistema, já que as linhas de Itaipu fizeram com que a geração da usina fosse reduzida. Mas desde maio, o Operador Nacional do Sistema (ONS) tem acionado as térmicas também por razões energéticas, isto é, para garantir água nos reservatórios das hidrelétricas.
O que agravou o problema foi o fato de as térmicas vendidas em leilão de 2008, que tinham previsão para entrar em 2011, terem sido tiradas do planejamento. O diretor da Aneel, Edvaldo Santana, explica que quando se toma uma decisão como essa significa que as usinas estão muito atrasadas. Foram ao todo 1.000 MW retirados do plano e por isso a Aneel decidiu recomendar a revisão da curva de aversão ao risco que na prática fez com que se alterasse o nível-meta dos reservatórios do Nordeste.
Esse efeito dos encargos para o mercado cativo só será sentido nas próximas revisões tarifárias, ou seja, muitas delas só no ano que vem. O presidente da Associação dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Paulo Pedrosa, diz que é importante que os preços reflitam a realidade, o que não acontece para os cativos. "Isso prejudica até mesmo a avaliação de consumidores que querem migrar de um mercado para o outro", diz Pedrosa. (Valor Econômico)