sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Metade das usinas planejadas no Brasil enfrenta problemas

Cerca de 20GW de novos empreendimentos de geração de energia elétrica estão emperrados no Brasil. A potência representa quase 50% do montante previsto no planejamento da expansão do setor para os próximos anos. Usinas hidrelétricas de grande e pequeno porte, termelétricas e centrais eólicas enfrentam os mais diversos tipos de impedimentos para saírem do papel, como atraso em licenciamentos ambientais, problemas com financiamento, entraves regulatórios etc.

Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), dos cerca de 38,6GW que estão sendo fiscalizados pela Aneel, 19,5GW estão com obras em andamento, 5,6GW apresentam graves impedimentos e13,4GW possuem algum tipo de empecilho mais brando.

A associação chama à atenção para o número de projetos hidrelétricos implantados em 2008 e 2009. De acordo com o relatório, apenas 500MW de usinas desta fonte entraram no sistema brasileiro, enquanto que no mesmo período 2.200MW de plantas térmicas iniciaram operação, sendo 1,5 mil MW de usinas a biomassa e 700 de térmicas a óleo. Para se ter ideia da importância que as hidrelétricas tinham na expansão do parque gerador, de 2001 a 2007, cerca de 14 mil MW de centrais entraram em operação.

Apesar da escassez de projetos nos últimos anos, a Abiape verificou que existem 14GW de usinas hidrelétricas em fase de inventário. Dentre estes empreendimentos, merecem destaque as usinas de Araguanã (960MW) e Chacorão (3.336MW). Além disso, outros 27,5GW de hidrelétricas encontram-se em fase de viabilidade técnica ou de realização do projeto básico como, por exemplo, Serra Quebrada (1.328MW), Santa Isabel (1.087MW), São Luiz do Tapajós (6.133MW) e Jatobá (2.338MW). Clique aqui para ler o estudo completo da Abiape. (Jornal da Energia)