sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Zimmermann defende a transparência das informações do setor elétrico

Ao reafirmar a segurança do abastecimento de energia elétrica no País, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, destacou a experiência dos agentes do setor elétrico brasileiro, o planejamento de curto, médio e longo prazo e a transparência das ações setoriais. Zimmermann participou, nesta quinta-feira, 6 de novembro, da cerimônia de abertura do 14º encontro dos associados da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), realizado nesta quinta-feira, 6 de novembro.

“O crescimento do setor, em uma sociedade que é cada vez mais exigente sobre a energia elétrica, traz desafios. O importante é que temos um setor oxigenado, que tem base e história, e que sabe encontrar soluções. Não há setor elétrico estático em países em desenvolvimento, é um setor em constante evolução”, afirmou.

O secretário reiterou que mesmo com situação hidrológica desfavorável ao longo deste ano, o setor elétrico se manteve em equilíbrio estrutural e com segurança de abastecimento. Zimmermann também destacou que as análises sobre os riscos do sistema elétrico são feitas com base em modelos validados e auditados, com grande transparência nos processos.

“Quando o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico divulga uma nota ao final da reunião, aquela é uma informação que está disponível para todos. Eu tenho certeza de que esse setor, da forma como trabalha, é um dos mais organizados na sociedade brasileira, e que respeita contratos”, disse o Secretário-Executivo. Ele lembrou que ao longo do ano,o Ministério de Minas e Energia realizou workshops com representantes de diversos setores produtivos do país, como a indústria e o comércio, e o setor financeiro.

Riscos se reduzem com início das chuvas
Sobre o abastecimento de energia elétrica, o Secretário-Executivo afirmou que o sistema está sob controle, e qualquer risco de déficit energético se reduz a partir de agora, com o começo do período de chuvas. Zimmermann apontou que, de acordo com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) há sobra de 6.600 MW médios, e o sistema está em equilíbrio estrutural.

“Houve quem dissesse que tínhamos um o risco de racionamento era de até 100%. E o que dizíamos era que se tratava de uma questão muito técnica, que envolve modelos sofisticados de cálculo e avaliação, e que nada apontava nessa direção. Se o sistema estava sob controle a oito meses da estação chuvosa, no começo do ano, agora que entramos no período de chuvas é claro que o risco é bem menor”, explicou.

Um rol de ações operacionais que são tomadas costumeiramente em anos com seca mais pronunciada foi citado por Zimmermann, para garantir a segurança do abastecimento. Entre essas ações estão transmitir energia entre as regiões do País e determinar a geração de mais energia das usinas térmicas. “São ações normais em anos com uma hidrologia pior”, concluiu. (Jornal da Energia)
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