segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Em expansão, mercado de geração de energia é foco de investimentos

O Brasil é um país que trabalha a complementaridade das matrizes energéticas e procura se manter sustentável em suas diversas formas de geração de energia garantindo, assim, mais segurança ao setor e vencendo os desafios e imprevistos enfrentados pelas adversidades. Como fornecedores de equipamentos precisamos nos manter competitivos e atender não somente às condições específicas das regiões, mas ser estratégicos ao trabalhar com todas as fontes.


Recentemente, foram anunciadas as projeções para o mercado eólico brasileiro para os anos 2014-2018, por exemplo. E, de acordo com o último relatório desenvolvido pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), o Brasil, muito em breve, deve entrar para o ranking dos dez maiores países produtores de energia eólica do mundo. Dados da Abeeolica (Associação Brasileira de Energia Eólica) do último ano também afirmam que 2013 foi um ano recorde em potência contratada nos leilões de energia do mercado regulado (ACR).

Enxergando essas oportunidades, apostamos em novas soluções que podem colaborar efetivamente para o crescimento e desenvolvimento eólico e do setor e investimos em duas novas fábricas, nos últimos dois anos, dedicadas exclusivamente à produção de torres, uma no Sul do país e outra, anunciada mais recentemente, em parceria com a Andrade Gutierrez, na região Nordeste. Também aumentamos os turnos de nossa unidade instalada em Camaçari, na Bahia, que faz a produção de aerogeradores, e ampliamos sua capacidade de geração para 900MW por ano. Essas ações colaboraram diretamente para a aceleração da instalação de parques eólicos e reforçaram nossa participação para o giro da economia brasileira, considerando a criação de uma mão de obra 100% especializada para esse segmento por meio de capacitações profissionais e geração de empregos.

Entretanto, ainda podemos afirmar que as usinas hidrelétricas mantêm sua liderança no mercado energético, tendo em vista o perfil geográfico do Brasil. E, definitivamente, há oportunidades em inovações e tecnologias para equipamentos hidráulicos. Por isso, não paramos por aí e seguimos investindo. Inauguramos, neste ano, o primeiro Centro Global de Tecnologia na América Latina, dedicado à pesquisa e desenvolvimento das soluções Kaplan para usinas hidrelétricas de baixa queda, entre 15 e 60 metros, capaz de melhor se adaptar às variações de vazão do rio, o que permite uma maior produção de energia durante todo o ano. O Centro ainda possui colaboração no conceito social e possui importantes parcerias com empresas de engenharia, institutos e universidades na intenção de contribuir com o futuro financiamento e relacionamento com o mercado hidrelétrico no Brasil.

Apoiamos também um programa de complementação termelétrica por meio do carvão e do gás, dependendo da disponibilidade de cada um destes insumos, sendo importante que o investidor e o fornecedor tenham tempo para estudar e desenvolver esses projetos de geração térmica em função das melhores soluções tecnológicas disponíveis.

Se olharmos os dados da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), constatamos um volume expressivo de leilões de concessões para nossos projetos de geração elétrica de energia, o que representa maiores investimentos no setor. Tal fato, nos ajuda a impulsionar novas ações e a investir em todas as vertentes do mercado elétrico, de forma a colaborar para o aumento da produtividade e do consumo eficiente da energia. Cumprimos, assim, nosso papel em avaliar e criar oportunidades, consolidando nossa posição no mercado entre os líderes mundiais no fornecimento de equipamentos de energia. Artigo: Marcos Costa, presidente da Alstom Brasil (MaxPress)
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