A eventual recondução de Nelson Hubner para um novo mandato como diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve enfrentar resistências no Senado, disseram à Reuters fontes do governo e da base aliada na Casa. Homem de confiança da presidente Dilma Rousseff, Hubner está no comando da Aneel desde 2009 e terá seu atual mandato encerrado em março.
Pela lei, o governo pode indicá-lo para mais quatro anos no cargo. Mas a recondução precisa passar pelo crivo da Comissão de Infraestrutura do Senado e pelo plenário da Casa. Segundo um senador governista, as resistências ao nome de Hubner partem, principal-mente, de PMDB e PTB. “O julgamento, porém, é político, e não técnico”, disse esse parlamentar, que pediu anonimato.
Esse mesmo senador relata que os descontentes queixam-se que Hubner não tem o hábito de receber parlamentares ou mesmo de ouvir suas demandas. “Político sabe ouvir um "não", o que não gosta é de não ser recebido”, disse o senador.
Um outro senador, que também falou sob condição de anonimato, alertou que a recondução pode configurar uma derrota para a presidente. “Ela vai comprar uma briga com o Senado (se indicá-lo) e vai perder”, disse esse parlamentar. Na avaliação de um líder aliado, porém, as resistências “não são intransponíveis”.
Um outro senador, que também falou sob condição de anonimato, alertou que a recondução pode configurar uma derrota para a presidente. “Ela vai comprar uma briga com o Senado (se indicá-lo) e vai perder”, disse esse parlamentar. Na avaliação de um líder aliado, porém, as resistências “não são intransponíveis”.
Uma fonte do governo que acompanha de perto o assunto reconhece que existe alguma resistência ao nome de Hubner no Senado, mas as atribui a “interesses que não foram atendidos”. Essa fonte do governo ressalta, porém, que o grupo que se opõe ao nome do diretor-geral da Aneel é “pequeno” e não seria suficiente para barrar uma eventual tentativa de reconduzi-lo ao cargo. (Leonardo Goy / Reuters)
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