As triangulações financeiras promovidas pela equipe do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, são tão complexas que esbarram até na proposta de redução da conta de luz prometida pela presidente Dilma Rousseff. Como as empresas elétricas de Minas Gerais, São Paulo e Paraná não aceitaram renovar as concessões seguindo as regras impostas pelo Planalto, o governo só garantiu redução de 16,7% no valor da energia produzida no País. Para promover o corte de 20,2%, em média, para todos os consumidores, como prometido por Dilma, o governo terá que reduzir mais encargos que são cobrados nas contas de luz.
Os encargos são uma espécie de conjunto de impostos cobrados de todos os consumidores. O dinheiro arrecadado é usado para bancar programas federais, como o Luz para Todos. Para não comprometer esse programas, a opção encontrada foi vender os créditos que tem a receber de Itaipu e usar parte do dinheiro para continuar executando os programas.
As ações que foram parar nas mãos da Caixa fazem parte de um pacote que o BNDES usou como pagamento ao Tesouro pela compra de créditos referentes à usina hidrelétrica de Itaipu.
Os créditos recebidos pelo BNDES correspondem a cerca de R$ 6 bilhões - praticamente o mesmo montante que o BNDES-Par, braço de participação acionária do banco, repassou em ações para a União de 10 companhias diferentes, incluindo Petrobrás, Vale a JBS. Parte dessas ações ficou com a Caixa. (O Estado de S. Paulo)
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