segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Operação com ações de empresas vai ajudar no corte da conta de luz

As triangulações financeiras pro­movidas pela equipe do secretá­rio do Tesouro Nacional, Arno Augustin, são tão complexas que esbarram até na proposta de re­dução da conta de luz prometida pela presidente Dilma Rousseff. Como as empresas elétricas de Minas Gerais, São Paulo e Pa­raná não aceitaram renovar as concessões seguindo as regras impostas pelo Planalto, o gover­no só garantiu redução de 16,7% no valor da energia produzida no País. Para promover o corte de 20,2%, em média, para todos os consumidores, como prometido por Dilma, o governo terá que re­duzir mais encargos que são co­brados nas contas de luz. 

Os encargos são uma espécie de conjunto de impostos cobra­dos de todos os consumidores. O dinheiro arrecadado é usado para bancar programas federais, como o Luz para Todos. Para não comprometer esse progra­mas, a opção encontrada foi ven­der os créditos que tem a receber de Itaipu e usar parte do dinhei­ro para continuar executando os programas. 

As ações que foram parar nas mãos da Caixa fazem parte de um pacote que o BNDES usou como pagamento ao Tesouro pe­la compra de créditos referentes à usina hidrelétrica de Itaipu. 

Os créditos recebidos pelo BNDES correspondem a cerca de R$ 6 bilhões - praticamente o mesmo montante que o BNDES-Par, braço de participação acio­nária do banco, repassou em ações para a União de 10 compa­nhias diferentes, incluindo Petrobrás, Vale a JBS. Parte dessas ações ficou com a Caixa. (O Estado de S. Paulo) 

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