O fraco desempenho das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) nos leilões de reserva e de fontes alternativas, quando somente quinze projetos se habilitaram e sete conseguiram fechar contratos, acendeu a luz amarela para os agentes do setor. As usinas da fonte terminaram o certame com um preço médio de R$141,93 por MWh, contra R$130,86 alcançado pelos parques eólicos.
"As PCHs vão ter que se repensar. Na verdade, é quase impossível que a gente possa atingir os preços praticados pelas eólicas", assume o presidente da Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE), Ricardo Pigatto. O executivo chega a brincar dizendo que está "tendo pesadelos com as eólicas", mas fala sério ao cravar que "há uma perda de competitividade que, em condições normais, é irresgatável" para o setor.
Pigatto avalia que a política de leilões estabelecida pelo governo "veio para ficar" e que, agora, cabe aos empreendedores buscar meios de se viabilizar. Uma das saídas seria uma negociação mais forte com os fornecedores de equipamentos para as usinas.
"Fiz uma provocação para alguns agentes, de que temos que baixar os custos. Temos certos dogmas no mercado de que, hoje, os fabricantes fazem as contas de trás para a frente. Eles vêem sua taxa de retorno para calcular o quanto vão cobrar. Agora, pode ser diferente. Devemos dizer nós o quanto podemos pagar", explica Pigatto.
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Luiz Fernando Vianna, concorda que as PCHs têm desafios pela frente no cenário desenhado pelos últimos certames. "Para que o espaço da fonte seja ocupado, o dever tem que ser cumprido. Os custos têm que ser otimizados. Não é só questão de ajustes no licenciamento, de regulação, de agilidade no processo de autorização. É preciso também otimizar os processos operacionais, o custo do EPC (contratação de empresa para fornecimento e execução da obra da usina), do equipamento", analisa.
Pigatto, da APMPE, não descarta a hipótese de os investidores recorrerem a equipamenos importados, como os chineses, para derrubar os preços. "Nosso primeiro movimento, como associação, é nacionalista, de conversar com os fornecedores daqui. Caso não haja sucesso, podemos buscar (alternativas fora)", diz o executivo. Ele afirma que teve acesso a dados que mostram que, em 2006, a China possuía cerca de 130.000MW em pequenas hidrelétricas. "Eles dominam a tecnologia". (Jornal da Energia)
"As PCHs vão ter que se repensar. Na verdade, é quase impossível que a gente possa atingir os preços praticados pelas eólicas", assume o presidente da Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE), Ricardo Pigatto. O executivo chega a brincar dizendo que está "tendo pesadelos com as eólicas", mas fala sério ao cravar que "há uma perda de competitividade que, em condições normais, é irresgatável" para o setor.
Pigatto avalia que a política de leilões estabelecida pelo governo "veio para ficar" e que, agora, cabe aos empreendedores buscar meios de se viabilizar. Uma das saídas seria uma negociação mais forte com os fornecedores de equipamentos para as usinas.
"Fiz uma provocação para alguns agentes, de que temos que baixar os custos. Temos certos dogmas no mercado de que, hoje, os fabricantes fazem as contas de trás para a frente. Eles vêem sua taxa de retorno para calcular o quanto vão cobrar. Agora, pode ser diferente. Devemos dizer nós o quanto podemos pagar", explica Pigatto.
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Luiz Fernando Vianna, concorda que as PCHs têm desafios pela frente no cenário desenhado pelos últimos certames. "Para que o espaço da fonte seja ocupado, o dever tem que ser cumprido. Os custos têm que ser otimizados. Não é só questão de ajustes no licenciamento, de regulação, de agilidade no processo de autorização. É preciso também otimizar os processos operacionais, o custo do EPC (contratação de empresa para fornecimento e execução da obra da usina), do equipamento", analisa.
Pigatto, da APMPE, não descarta a hipótese de os investidores recorrerem a equipamenos importados, como os chineses, para derrubar os preços. "Nosso primeiro movimento, como associação, é nacionalista, de conversar com os fornecedores daqui. Caso não haja sucesso, podemos buscar (alternativas fora)", diz o executivo. Ele afirma que teve acesso a dados que mostram que, em 2006, a China possuía cerca de 130.000MW em pequenas hidrelétricas. "Eles dominam a tecnologia". (Jornal da Energia)
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