Um aspecto visível no PDE-2019 é um baita entusiasmo quanto às taxas de crescimento do País não levando em conta os possíveis sobressaltos da economia mundial. Na geração de energia elétrica, as hidrelétricas identificadas se situam na Amazônia com seus problemas ambientais e limitações de armazenamento capazes de propiciar o abrandamento da sazonalidade das hidrologias de suas bacias.
Não considerar as térmicas incluindo as nucleares e as de carvão como componente da matriz de geração e operando na base, parece desconhecer as limitações impostas às hidrelétricas e a evolução da capacidade de armazenamento do Sistema Interligado.
Por fim, assumir que a energia de reserva gerada por eólicas, biomassa e PCH’s possa vir a substituir as hidrelétricas e térmicas, aqui defendemos as térmicas à gás natural precipuamente, é de uma ingenuidade inadequada a um planejamento sério para o suprimento de energia elétrica que assegure o desenvolvimento do nosso País.
Outro aspecto a analisar com o devido cuidado diz respeito à consideração da capacidade instalada nas hidrelétricas com a energia assegurada. Como já é de conhecimento geral a usina de Belo Monte, por exemplo, vai instalar mais de 11.233 MW e terá cerca de 4.571 MWmédios, menos da metade da capacidade instalada.
Como esta usina, as demais previstas na região Amazônica poderão sofrer as mesmas limitações e, portanto, necessitarão de uma complementação de geração térmica. O mais correto seria ter em conta a geração em MWmédios independentemente da capacidade instalada, pois é esta energia que atenderá a demanda.
O Balanço Estático Geral do SIN estabelece uma sobra da ordem de 3% entre a oferta e a demanda considerando o risco de 5%. Entretanto, na região Sul e Sudeste/Centro Oeste onde se situa a maior carga do sistema o balanço é negativo e estaria a exigir que seu suprimento fosse complementado pelos excedentes do Norte e Nordeste.
Nesta última região onde predominam as térmicas que para lá acorreram pela oferta de benefícios fiscais – muitas estão atrasadas e sem licenças de instalação - e na região Norte pelas hidrelétricas que ainda serão licenciadas e construídas.
Além de investimentos físicos em linhas de transmissão inclusive na duplicidade de circuitos, outros deverão ser feitos em tecnologia e controle para que os apagões não venham a se tornar uma rotina, como ocorreu em novembro de 2009.
Isto pode significar uma consideração no planejamento de novos circuitos incluindo aqueles das interligações com geração em países vizinhos citadas no PDE-2019.
Tudo isto desemboca no aspecto mais limitador que seria obter recursos financeiros para investir uma média de R$ 100 bilhões na geração e transmissão de energia elétrica de forma contínua já a partir de janeiro de 2011.
Considerando as limitações da Basiléia às quais o BNDES está sujeito precisamos identificar novas fontes de financiamento de forma consistente e atrativa. Autor: Adriano Pires (Brasil Econômico)
Não considerar as térmicas incluindo as nucleares e as de carvão como componente da matriz de geração e operando na base, parece desconhecer as limitações impostas às hidrelétricas e a evolução da capacidade de armazenamento do Sistema Interligado.
Por fim, assumir que a energia de reserva gerada por eólicas, biomassa e PCH’s possa vir a substituir as hidrelétricas e térmicas, aqui defendemos as térmicas à gás natural precipuamente, é de uma ingenuidade inadequada a um planejamento sério para o suprimento de energia elétrica que assegure o desenvolvimento do nosso País.
Outro aspecto a analisar com o devido cuidado diz respeito à consideração da capacidade instalada nas hidrelétricas com a energia assegurada. Como já é de conhecimento geral a usina de Belo Monte, por exemplo, vai instalar mais de 11.233 MW e terá cerca de 4.571 MWmédios, menos da metade da capacidade instalada.
Como esta usina, as demais previstas na região Amazônica poderão sofrer as mesmas limitações e, portanto, necessitarão de uma complementação de geração térmica. O mais correto seria ter em conta a geração em MWmédios independentemente da capacidade instalada, pois é esta energia que atenderá a demanda.
O Balanço Estático Geral do SIN estabelece uma sobra da ordem de 3% entre a oferta e a demanda considerando o risco de 5%. Entretanto, na região Sul e Sudeste/Centro Oeste onde se situa a maior carga do sistema o balanço é negativo e estaria a exigir que seu suprimento fosse complementado pelos excedentes do Norte e Nordeste.
Nesta última região onde predominam as térmicas que para lá acorreram pela oferta de benefícios fiscais – muitas estão atrasadas e sem licenças de instalação - e na região Norte pelas hidrelétricas que ainda serão licenciadas e construídas.
Além de investimentos físicos em linhas de transmissão inclusive na duplicidade de circuitos, outros deverão ser feitos em tecnologia e controle para que os apagões não venham a se tornar uma rotina, como ocorreu em novembro de 2009.
Isto pode significar uma consideração no planejamento de novos circuitos incluindo aqueles das interligações com geração em países vizinhos citadas no PDE-2019.
Tudo isto desemboca no aspecto mais limitador que seria obter recursos financeiros para investir uma média de R$ 100 bilhões na geração e transmissão de energia elétrica de forma contínua já a partir de janeiro de 2011.
Considerando as limitações da Basiléia às quais o BNDES está sujeito precisamos identificar novas fontes de financiamento de forma consistente e atrativa. Autor: Adriano Pires (Brasil Econômico)
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