A estratégia da Tractebel para este ano, a maior empresa privada de geração de energia e que possui uma das maiores comercializadoras do país, é atrair supermercados, shoppings e grandes lojas para o mercado livre com a venda de energia eólica. Esse tipo de energia alternativa tem um desconto para empresas que consomem entre 500 kW e 3000 kW, e pode se tornar um bom negócio para elas que tem um desconto de 50% na tarifa de distribuição. Por outro lado, as geradoras podem viabilizar seus projetos de energia eólica antes mesmo que o governo federal faça seu próximo leilão.
De acordo com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, já está confirmado um novo leilão de energia de reserva para este ano no qual poderão ser comercializados energia da biomassa, PCHs e também de origem eólica. As linhas do leilão ainda não estão definidas, mas os tipos de energia não devem competir entre si, serão vendidas em produtos diferentes.
O que animou o governo foi o sucesso do leilão do ano passado em que se comercializou 1.800 MW de capacidade instalada de energia eólica. Tolmasquim diz, inclusive, que o plano decenal de energia deverá trazer um projeto com uma boa quantidade anual de energia alternativa. Isso dará uma nova perspectiva para as empresas que estão apostando no setor e esperam inclusive abrir capital na Bovespa. Caso da Renova Energia, que já está com um processo de emissão de ações em andamento e que no ano passado vendeu no leilão do governo 14 parques eólicos com capacidade de gerar 270 MW.
A venda de energia eólica no mercado livre se tornou possível depois que o primeiro leilão do governo, realizado em meados de dezembro, estabeleceu um patamar de preço para esse tipo de energia e que se mostrou competitivo com outros tipos de energia incentivada, como biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. O preço-teto do leilão ficou em R$ 189,00, mas a energia foi vendida em média a R$ 150,00.
Os primeiros contratos de venda no mercado livre já foram inclusive feitos, pela Bioenergy, que vendeu 230 MW para a empresa comercializadora da Cemig em um leilão privado que tinha como preço mínimo R$ 140,00 e um contrato de 20 anos. A Bioenergy ainda vendeu 162 MW no leilão do governo federal e a ideia agora é buscar novos clientes, a exemplo da Tractebel, naquele grupo que pode comprar energia incentivada.
Como já têm parques sendo construídos ou até em operação, os dois grupos podem se aproveitar do ganho de escala e passar a vender em prazos não tão longos como o do contrato com a Cemig. A Tractebel, por exemplo, tem dois parques eólicos que foram erguidos no âmbito do Proinfa e que podem agora ser expandidos a medida em que a energia é vendida. O presidente da empresa, Manoel Zaroni, diz que tem expectativa de vender cerca de 150 MW de energia por dez anos e a um preço um pouco maior do que os R$ 150,00 em média negociados no primeiro leilão de energia eólica.
Zaroni conta que a Tractebel tinha dois projetos habilitados para o leilão, mas não foram competitivos porque a empresa não contou com a renovação do convênio Confaz que dava isenção de ICMS a aerogeradores. Não fosse isso, os preços seriam competitivos segundo Zaroni porque a capacidade produtiva de seu parques chega a 40%. A maioria dos projetos vendidos no leilão ano passado tinham esse percentual de fator de produtividade.(Valor Econômico)
De acordo com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, já está confirmado um novo leilão de energia de reserva para este ano no qual poderão ser comercializados energia da biomassa, PCHs e também de origem eólica. As linhas do leilão ainda não estão definidas, mas os tipos de energia não devem competir entre si, serão vendidas em produtos diferentes.
O que animou o governo foi o sucesso do leilão do ano passado em que se comercializou 1.800 MW de capacidade instalada de energia eólica. Tolmasquim diz, inclusive, que o plano decenal de energia deverá trazer um projeto com uma boa quantidade anual de energia alternativa. Isso dará uma nova perspectiva para as empresas que estão apostando no setor e esperam inclusive abrir capital na Bovespa. Caso da Renova Energia, que já está com um processo de emissão de ações em andamento e que no ano passado vendeu no leilão do governo 14 parques eólicos com capacidade de gerar 270 MW.
A venda de energia eólica no mercado livre se tornou possível depois que o primeiro leilão do governo, realizado em meados de dezembro, estabeleceu um patamar de preço para esse tipo de energia e que se mostrou competitivo com outros tipos de energia incentivada, como biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. O preço-teto do leilão ficou em R$ 189,00, mas a energia foi vendida em média a R$ 150,00.
Os primeiros contratos de venda no mercado livre já foram inclusive feitos, pela Bioenergy, que vendeu 230 MW para a empresa comercializadora da Cemig em um leilão privado que tinha como preço mínimo R$ 140,00 e um contrato de 20 anos. A Bioenergy ainda vendeu 162 MW no leilão do governo federal e a ideia agora é buscar novos clientes, a exemplo da Tractebel, naquele grupo que pode comprar energia incentivada.
Como já têm parques sendo construídos ou até em operação, os dois grupos podem se aproveitar do ganho de escala e passar a vender em prazos não tão longos como o do contrato com a Cemig. A Tractebel, por exemplo, tem dois parques eólicos que foram erguidos no âmbito do Proinfa e que podem agora ser expandidos a medida em que a energia é vendida. O presidente da empresa, Manoel Zaroni, diz que tem expectativa de vender cerca de 150 MW de energia por dez anos e a um preço um pouco maior do que os R$ 150,00 em média negociados no primeiro leilão de energia eólica.
Zaroni conta que a Tractebel tinha dois projetos habilitados para o leilão, mas não foram competitivos porque a empresa não contou com a renovação do convênio Confaz que dava isenção de ICMS a aerogeradores. Não fosse isso, os preços seriam competitivos segundo Zaroni porque a capacidade produtiva de seu parques chega a 40%. A maioria dos projetos vendidos no leilão ano passado tinham esse percentual de fator de produtividade.(Valor Econômico)