O temor de um racionamento de energia derrubou as ações do setor elétrico e fez a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechar ontem em queda de 0,94%, aos 61.932 pontos. As 35 empresas do setor elétrico na Bovespa perderam R$ 3,3 bilhões em valor de mercado só ontem.
As ações Eletrobras PNB (preferenciais, sem direito a voto) caíram 4,72%. AES Tietê PN recuou 4,46%; Eletropaulo PN, 3,43%; Cemig PN, 3,33%; e CPFL Energia ON, 3,29%. O IEE, índice de ações do setor elétrico da Bovespa, teve queda de 2,49% no dia.
Ao longo de 2012, as empresas do setor elétrico já haviam perdido R$ 36 bilhões em valor de mercado, principalmente depois que o governo estabeleceu, em medida provisória, mecanismos para redução das tarifas de energia elétrica.
- Apesar de o governo desmentir a possibilidade de racionamento, o assunto começa a ganhar corpo com o baixo nível dos reservatórios, principalmente no Nordeste. Uma série de apagões, desde outubro, minou a confiança no sistema, evidenciando a falta de investimento. Num cenário de racionamento, as empresas passam a ter custos maiores (com gás, por exemplo), já que as termelétricas têm de ser acionadas. Mas, mesmo com gastos maiores, elas devem entregar a energia pelo preço combinado anteriormente e só serão ressarcidas num próximo reajuste - disse Pedro Galdi, estrategista da SLW Corretora.
Beatriz Nantes, analista da Empiricus Research/Investmania, lembrou que o nível dos reservatórios estava baixo desde o ano passado, puxando o preço do megawatt/hora no mercado livre, onde os grandes consumidores compram energia:
- No fim de 2011, o megawatt/hora custava R$ 40. No fim de 2012, estava em R$ 300 e, agora, está em R$ 500. É um indicador real de risco de racionamento.
Ontem, pesou ainda a convocação, pela presidente Dilma Rousseff, de uma reunião em Brasília amanhã para discutir o nível dos reservatórios.
- O mercado começou a entender o tamanho do risco que já vinha sendo comentado nos últimos meses. É claro que é cedo para afirmar que estamos caminhando para um racionamento. Mas é temerário ignorar os sinais e afirmar que isso não vai acontecer - disse Ricardo Corrêa, analista da Ativa Corretora.
Segundo especialistas, a situação é mais delicada para as geradoras hidrelétricas que já venderam quase que totalmente a energia prevista para este ano, como AES Tietê, CPFL e Eletrobras. Com os reservatórios baixos, elas podem não conseguir produzir a energia que já venderam. Nesse caso, terão de comprar a energia no mercado livre, e há quem acredite que o megawatt/hora possa atingir R$ 800 nos próximos meses. (O Globo)
As ações Eletrobras PNB (preferenciais, sem direito a voto) caíram 4,72%. AES Tietê PN recuou 4,46%; Eletropaulo PN, 3,43%; Cemig PN, 3,33%; e CPFL Energia ON, 3,29%. O IEE, índice de ações do setor elétrico da Bovespa, teve queda de 2,49% no dia.
Ao longo de 2012, as empresas do setor elétrico já haviam perdido R$ 36 bilhões em valor de mercado, principalmente depois que o governo estabeleceu, em medida provisória, mecanismos para redução das tarifas de energia elétrica.
- Apesar de o governo desmentir a possibilidade de racionamento, o assunto começa a ganhar corpo com o baixo nível dos reservatórios, principalmente no Nordeste. Uma série de apagões, desde outubro, minou a confiança no sistema, evidenciando a falta de investimento. Num cenário de racionamento, as empresas passam a ter custos maiores (com gás, por exemplo), já que as termelétricas têm de ser acionadas. Mas, mesmo com gastos maiores, elas devem entregar a energia pelo preço combinado anteriormente e só serão ressarcidas num próximo reajuste - disse Pedro Galdi, estrategista da SLW Corretora.
Beatriz Nantes, analista da Empiricus Research/Investmania, lembrou que o nível dos reservatórios estava baixo desde o ano passado, puxando o preço do megawatt/hora no mercado livre, onde os grandes consumidores compram energia:
- No fim de 2011, o megawatt/hora custava R$ 40. No fim de 2012, estava em R$ 300 e, agora, está em R$ 500. É um indicador real de risco de racionamento.
Ontem, pesou ainda a convocação, pela presidente Dilma Rousseff, de uma reunião em Brasília amanhã para discutir o nível dos reservatórios.
- O mercado começou a entender o tamanho do risco que já vinha sendo comentado nos últimos meses. É claro que é cedo para afirmar que estamos caminhando para um racionamento. Mas é temerário ignorar os sinais e afirmar que isso não vai acontecer - disse Ricardo Corrêa, analista da Ativa Corretora.
Segundo especialistas, a situação é mais delicada para as geradoras hidrelétricas que já venderam quase que totalmente a energia prevista para este ano, como AES Tietê, CPFL e Eletrobras. Com os reservatórios baixos, elas podem não conseguir produzir a energia que já venderam. Nesse caso, terão de comprar a energia no mercado livre, e há quem acredite que o megawatt/hora possa atingir R$ 800 nos próximos meses. (O Globo)
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