Cinco meses após a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) ter promovido o primeiro leilão brasileiro de energia eólica, representantes do setor energético avaliam a iniciativa como um sucesso e defendem a realização de novos leilões como forma de o governo estimular os investimentos nesta fonte de energia limpa e renovável e, assim, diminuir o preço final.
Durante audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse que o leilão representou a superação da ideia de que, embora seja vantajosa do ponto de vista ambiental, a produção de energia eólica não era economicamente atrativa, já que custaria muito mais que a energia térmica ou a hídrica.
“Nós quebramos um paradigma. Como o leilão atraiu muitos investidores, a competição fez com que os preços baixassem”, afirmou Tolmasquim, se referindo aos R$ 148,39 a serem pagos, em média, pelo megawatt/hora (MWh). Na época, o Ministério de Minas e Energia havia fixado um teto de R$ 189 o MWh e todos os projetos cujo preço ultrapassava este valor foram descartados.
“Vimos que temos condições de desenvolver, no Brasil, a energia eólica de forma a competir com outras fontes. Acho que, agora, a tendência é esta indústria se desenvolver”, concluiu Tolmasquim.
Para o presidente da Associação Brasileira de Produção de Energia Eólica (Abeeólica), Ricardo Simões, o leilão está trazendo bons resultados para a indústria brasileira, que, com a segurança dos contratos já assinados, vem investindo na ampliação e na melhoria de seus parques. Contudo, para Simões, o governo ainda pode auxiliar o setor com relação aos custos.
“Para que possamos manter esta indústria de forma competitiva, é necessário manter os leilões exclusivos [para a energia eólica] por, pelos menos, dez anos, contratando nos mesmos patamares que foram contratados em dezembro de 2009 [1.805,7 megawatts]”, defendeu Simões, que também reclamou dos custos para os empresários brasileiros.
Já para o presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia Elétrica (Anace), Carlos Faria, o ideal seria que a energia eólica – hoje adquirida pelo governo como estoques a serem usados quando é necessário complementar a energia contratada pelas distribuidoras – passasse a ser oferecida também ao consumidor, que poderia se beneficiar da livre concorrência entre as empresas.
“O que queremos é justamente que o consumidor possa negociar diretamente com o gerador desta energia, beneficiando-se da livre negociação para obter melhores preços e contratos”, disse Faria. “Além disso, reafirmamos que é necessária a continuidade nos investimentos e na realização dos leilões”.
De acordo com Tolmasquim, um novo leilão englobando diversas fontes de energias renováveis, como a biomassa, além da eólica e solar, será realizado no segundo semestre, possivelmente em agosto. No primeiro leilão exclusivo para a energia eólica, chegou-se ao número de 441 empreendimentos inscritos, dos quais 71 projetos foram contratados. (Info Energia)
Durante audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse que o leilão representou a superação da ideia de que, embora seja vantajosa do ponto de vista ambiental, a produção de energia eólica não era economicamente atrativa, já que custaria muito mais que a energia térmica ou a hídrica.
“Nós quebramos um paradigma. Como o leilão atraiu muitos investidores, a competição fez com que os preços baixassem”, afirmou Tolmasquim, se referindo aos R$ 148,39 a serem pagos, em média, pelo megawatt/hora (MWh). Na época, o Ministério de Minas e Energia havia fixado um teto de R$ 189 o MWh e todos os projetos cujo preço ultrapassava este valor foram descartados.
“Vimos que temos condições de desenvolver, no Brasil, a energia eólica de forma a competir com outras fontes. Acho que, agora, a tendência é esta indústria se desenvolver”, concluiu Tolmasquim.
Para o presidente da Associação Brasileira de Produção de Energia Eólica (Abeeólica), Ricardo Simões, o leilão está trazendo bons resultados para a indústria brasileira, que, com a segurança dos contratos já assinados, vem investindo na ampliação e na melhoria de seus parques. Contudo, para Simões, o governo ainda pode auxiliar o setor com relação aos custos.
“Para que possamos manter esta indústria de forma competitiva, é necessário manter os leilões exclusivos [para a energia eólica] por, pelos menos, dez anos, contratando nos mesmos patamares que foram contratados em dezembro de 2009 [1.805,7 megawatts]”, defendeu Simões, que também reclamou dos custos para os empresários brasileiros.
Já para o presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia Elétrica (Anace), Carlos Faria, o ideal seria que a energia eólica – hoje adquirida pelo governo como estoques a serem usados quando é necessário complementar a energia contratada pelas distribuidoras – passasse a ser oferecida também ao consumidor, que poderia se beneficiar da livre concorrência entre as empresas.
“O que queremos é justamente que o consumidor possa negociar diretamente com o gerador desta energia, beneficiando-se da livre negociação para obter melhores preços e contratos”, disse Faria. “Além disso, reafirmamos que é necessária a continuidade nos investimentos e na realização dos leilões”.
De acordo com Tolmasquim, um novo leilão englobando diversas fontes de energias renováveis, como a biomassa, além da eólica e solar, será realizado no segundo semestre, possivelmente em agosto. No primeiro leilão exclusivo para a energia eólica, chegou-se ao número de 441 empreendimentos inscritos, dos quais 71 projetos foram contratados. (Info Energia)