quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Dilma deve ousar na energia como no juro, diz Firjan

Depois de considerar "ridículo" o corte de 10% nas tarifas da energia sinalizado pelo governo federal, o presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, afirmou que a redução poderia chegar a 40%.

Para ele, "seria melhor reduzir o custo da energia elétrica e aumentar o preço da gasolina. O efeito sobre a inflação seria zero. Teria resultado na macroeconomia e ajudaria a Petrobras, que acumula esse esqueleto por não autorizar aumento".

O caminho, sugere, é abrir novas licitações. Os contratos de concessão que começam a vencer em 2015 estão em operação há mais de 50 anos.

"Qual o custo maior no setor? É o de capital, mas a amortização já ocorreu há anos", defende Vieira.

De acordo com o presidente da Firjan, a geração representa 94% do custo do chamado GTD (geração, transporte e distribuição).

"É preciso que caia. Água é de graça, mão de obra é despesa pequena e capital já foi amortizado."

Concessões que vencem em 2015 são públicas, da Eletrobras, diz Vieira.

"Como a presidente Dilma fez com que bancos baixassem os juros, primeiro pela pressão aos bancos públicos, ela pode, com a mesma ousadia, fazer com a energia e reduzi-la em 40%."

Esse percentual incluiria supressão de PIS/Cofins e de quatro encargos do setor de energia, além de novos preços das concessionárias.

"Seria melhor reduzir o custo da energia elétrica e aumentar o preço da gasolina. O efeito sobre a inflação seria zero. Teria resultado na macroeconomia e ajudaria a Petrobras, que acumula esse esqueleto por não autorizar aumento" (Folha de S. Paulo)

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