Além da Celpa, do Pará, que já passa por um processo de recuperação judicial, outras companhias de distribuição do grupo Rede Energia estão com alto endividamento, revelou ontem o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner.
Segundo ele, o órgão regulador já solicitou ao grupo privado um plano de recuperação para a Cemat, do Mato Grosso, e a Bragantina, que presta o serviço no interior do Estado de São Paulo.
Hubner afirmou ser contra a proposta da Celpa para que a estatal Eletrobrás assuma a operação da companhia que, além de dívidas superiores a R$ 2 bilhões, acumula um histórico de não cumprimento das metas de qualidade de serviço impostas pela Aneel.
"A gente cansa de ver críticas quando o governo socorre uma empresa privada", afirmou Hubner. "Problemas de gestão levaram a companhia a essa situação e o dinheiro público não deve ser usado", completou.
O diretor-geral ponderou, no entanto, que tanto a Eletrobrás como o BNDES têm participação no capital da Celpa e, por isso, também sairão perdendo caso a recuperação judicial da companhia falhe e provoque o cancelamento do contrato de concessão no Pará.
"Todo mundo perde com a caducidade do contrato, e por isso todos os acionistas devem conversar e buscar um investidor no setor privado".
Controle. Para tentar sair da crise que ameaça a falência da empresa, a distribuidora de energia elétrica do Pará (Celpa) insistirá no pedido encaminhado à Eletrobrás para um novo aporte de capital e oferecerá à estatal federal até mesmo o controle da companhia paraense.
O presidente do Conselho de Administração da Celpa, José Queiroz, afirma que, apesar da recusa de socorro por parte da Eletrobrás , o plano de recuperação judicial da companhia solicitará recursos à estatal, que já detém 34% do capital da distribuidora comandada pelo grupo Rede Energia.
"Vamos pedir um pequeno aporte de capital da Eletrobrás, e inclusive vamos oferecer o controle", afirmou o executivo.
Segundo ele, o plano de recuperação deve ser apresentado até o dia 5 de maio e irá propor aos bancos credores uma redução na dívida de cerca de R$ 2 bilhões, além de um alongamento dos prazos para pagamento.
"A Eletrobrás não quis assumir a Celpa, então precisamos entrar em recuperação judicial, e aí quem vai sofrer são os bancos", acrescentou Queiroz.
Para ele, se o plano de recuperação não for aceito pelos credores, não restará à Celpa outra saída a não ser a liquidação da empresa, com a caducidade do contrato de concessão para o serviço de distribuição no Pará.
"Isso seria uma catástrofe", afirmou. "Eu aceito qualquer proposta, mas enquanto não tenho eu luto para sobreviver", concluiu. (O Estado de S. Paulo)
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Hubner afirmou ser contra a proposta da Celpa para que a estatal Eletrobrás assuma a operação da companhia que, além de dívidas superiores a R$ 2 bilhões, acumula um histórico de não cumprimento das metas de qualidade de serviço impostas pela Aneel.
"A gente cansa de ver críticas quando o governo socorre uma empresa privada", afirmou Hubner. "Problemas de gestão levaram a companhia a essa situação e o dinheiro público não deve ser usado", completou.
O diretor-geral ponderou, no entanto, que tanto a Eletrobrás como o BNDES têm participação no capital da Celpa e, por isso, também sairão perdendo caso a recuperação judicial da companhia falhe e provoque o cancelamento do contrato de concessão no Pará.
"Todo mundo perde com a caducidade do contrato, e por isso todos os acionistas devem conversar e buscar um investidor no setor privado".
Controle. Para tentar sair da crise que ameaça a falência da empresa, a distribuidora de energia elétrica do Pará (Celpa) insistirá no pedido encaminhado à Eletrobrás para um novo aporte de capital e oferecerá à estatal federal até mesmo o controle da companhia paraense.
O presidente do Conselho de Administração da Celpa, José Queiroz, afirma que, apesar da recusa de socorro por parte da Eletrobrás , o plano de recuperação judicial da companhia solicitará recursos à estatal, que já detém 34% do capital da distribuidora comandada pelo grupo Rede Energia.
"Vamos pedir um pequeno aporte de capital da Eletrobrás, e inclusive vamos oferecer o controle", afirmou o executivo.
Segundo ele, o plano de recuperação deve ser apresentado até o dia 5 de maio e irá propor aos bancos credores uma redução na dívida de cerca de R$ 2 bilhões, além de um alongamento dos prazos para pagamento.
"A Eletrobrás não quis assumir a Celpa, então precisamos entrar em recuperação judicial, e aí quem vai sofrer são os bancos", acrescentou Queiroz.
Para ele, se o plano de recuperação não for aceito pelos credores, não restará à Celpa outra saída a não ser a liquidação da empresa, com a caducidade do contrato de concessão para o serviço de distribuição no Pará.
"Isso seria uma catástrofe", afirmou. "Eu aceito qualquer proposta, mas enquanto não tenho eu luto para sobreviver", concluiu. (O Estado de S. Paulo)
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