Rio de Janeiro - O consumo recorde de energia na indústria registrado em julho, que superou em 13,7% o consumido do mesmo período do ano passado, e a alta do consumo médio residencial, de 4,2% - a maior desde 2001 - não representam ameaças ao abastecimento, pois o sistema está trabalhando com folga e sem gargalos ao crescimento. A análise é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, que comentou a divulgação hoje (23) da mais recente edição da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, referente ao mês de julho.
“Nós estamos com excedente grande de energia elétrica. Com as obras contratadas até 2014, temos um excedente de 5 mil megawatts (MW) médios, que permite ao Brasil crescer 7% ao ano. A situação está totalmente sob controle e não há nenhum risco de desabastecimento. A energia elétrica não é um gargalo para o Brasil, que pode crescer a altas taxas, sem risco de faltar energia”, afirmou Tolmasquim.
Segundo ele, a construção de grandes hidrelétricas na região amazônica – Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, e Belo Monte, no Rio Xingu - são garantia de abastecimento futuro.
“Essas hidrelétricas estão tendo as obras antecipadas. O início da operação comercial de Santo Antônio será em dezembro de 2011 e Jirau vai ser antecipada em um ano. A tendência é de que Belo Monte adiante também e antecipe a geração”, disse o presidente da EPE.
De acordo com a resenha divulgada hoje, os números relativos a julho deste ano demonstram consumo de 34.382 gigawatts-hora (GWh), alta de 8,4% sobre julho do ano passado. De janeiro a julho, o aumento foi de 9,7% frente a igual período de 2009.
O destaque foi o consumo industrial, que atingiu 15.915 GWh em julho, representando um crescimento de 13,7% sobre o mesmo mês de 2009. O maior consumo em julho havia sido alcançado em 2008, com 15.823 GWh.
O consumo residencial registrou crescimento de 4,2% sobre julho de 2009, atingindo 8.447 GWh, com 57,1 milhões de unidades consumidoras (3,5% superior ao ano passado). O consumo médio mensal, de janeiro a julho, por residência, ficou em 157,2 quilowatt-hora (KWh), o maior desde 2001, que foi de 163 KWh para o mesmo período.
Para Tolmasquim, a expansão em 2010 não pode ser creditada apenas à comparação sobre o ano anterior, que ainda teve reflexos da crise econômica mundial, mas à aceleração do crescimento econômico do país e ao maior número de brasileiros que passam a fazer parte do sistema, por meio do programa Luz para Todos.
“Os dados mostram que o país está num período de crescimento bastante robusto da indústria e de aumento de renda da população, o que gera aumento do consumo residencial. O número de ligações também aumentou muito. Havia no país um contingente grande da população que não tinha energia elétrica e o Luz para Todos permitiu ligar essas pessoas à rede, o que significa maior consumo”. Segundo Tolmasquim, desde o início do programa, em 2004, até abril deste ano, foram incorporadas ao sistema 2,4 milhões de famílias, totalizando cerca de 12 milhões de pessoas.
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“Nós estamos com excedente grande de energia elétrica. Com as obras contratadas até 2014, temos um excedente de 5 mil megawatts (MW) médios, que permite ao Brasil crescer 7% ao ano. A situação está totalmente sob controle e não há nenhum risco de desabastecimento. A energia elétrica não é um gargalo para o Brasil, que pode crescer a altas taxas, sem risco de faltar energia”, afirmou Tolmasquim.
Segundo ele, a construção de grandes hidrelétricas na região amazônica – Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, e Belo Monte, no Rio Xingu - são garantia de abastecimento futuro.
“Essas hidrelétricas estão tendo as obras antecipadas. O início da operação comercial de Santo Antônio será em dezembro de 2011 e Jirau vai ser antecipada em um ano. A tendência é de que Belo Monte adiante também e antecipe a geração”, disse o presidente da EPE.
De acordo com a resenha divulgada hoje, os números relativos a julho deste ano demonstram consumo de 34.382 gigawatts-hora (GWh), alta de 8,4% sobre julho do ano passado. De janeiro a julho, o aumento foi de 9,7% frente a igual período de 2009.
O destaque foi o consumo industrial, que atingiu 15.915 GWh em julho, representando um crescimento de 13,7% sobre o mesmo mês de 2009. O maior consumo em julho havia sido alcançado em 2008, com 15.823 GWh.
O consumo residencial registrou crescimento de 4,2% sobre julho de 2009, atingindo 8.447 GWh, com 57,1 milhões de unidades consumidoras (3,5% superior ao ano passado). O consumo médio mensal, de janeiro a julho, por residência, ficou em 157,2 quilowatt-hora (KWh), o maior desde 2001, que foi de 163 KWh para o mesmo período.
Para Tolmasquim, a expansão em 2010 não pode ser creditada apenas à comparação sobre o ano anterior, que ainda teve reflexos da crise econômica mundial, mas à aceleração do crescimento econômico do país e ao maior número de brasileiros que passam a fazer parte do sistema, por meio do programa Luz para Todos.
“Os dados mostram que o país está num período de crescimento bastante robusto da indústria e de aumento de renda da população, o que gera aumento do consumo residencial. O número de ligações também aumentou muito. Havia no país um contingente grande da população que não tinha energia elétrica e o Luz para Todos permitiu ligar essas pessoas à rede, o que significa maior consumo”. Segundo Tolmasquim, desde o início do programa, em 2004, até abril deste ano, foram incorporadas ao sistema 2,4 milhões de famílias, totalizando cerca de 12 milhões de pessoas.
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